sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
ESTOU DO LADO DOS QUE MERECEM RESPEITO
ESTOU DO LADO DOS QUE MERECEM RESPEITO...
-... Desde muito pequenino ainda, mesmo precoce,
birrento e pidão, mas sentidor e eterno aprendiz da alma humana, por assim
dizer, era tachado de encrenqueiro, por lutar contra injustiças, ver o lado
humano dessa ‘gentehumana’ que errava por circunstancial de percurso de
aprendizado e era criticada, punida, então, cedo me descobri, pobre de mim,
poeta dos fracos e oprimidos, talvez um defeito de fabricação, do DNA... do meu
amor e solidariedade aos aleijados por dentro, aos excluídos sociais, aos
pequeninos... bem-aventurados... do meu respeito e respaldo às mulheres
guerreiras, aos negros, aos pobres, aos nordestinos, aos animais, aos excluídos
sociais...
-... desde muito jovem ainda que amava os Beatles e
Tonico e Tinoco, e já escrevendo a escurez da vida, minha visão não era para os
possuídos, de um país que só era rico para os ricos, para os brancos, para os
estrangeiros, para uma elite insensível e inumana, mas não para os pobres que
ficavam às margens do caminho, e cedo comprei briga, desde a minha cidade para
os que eram discriminados, mulheres que eram despossuídas de afeto social, essa
gente humilde da qual sou originário e amo tanto, pensando num país que
realmente tivesse uma politica em que o chamado povão fosse realmente a razão
de ser do que preconiza o próprio direito constitucional, de que o poder emana
do povo (todo o povo) e em seu nome deve ser exercido...
-... depois, em sp, lutando contra as misérias do
cotidiano, passei fome, dormi na rua, lutei pela sobrevivência possível e fui
perseguido por ser contra uma ditadura financiada pela corrupção paulistana,
perdi emprego, perdi bolsa de estudos, fui fichado nos porões dos podres
poderes amorais do regime de exceção, mas eu sempre soube e sinto e sei de que
lado da barricada estava e estou, os miseráveis...
-... formado, trabalhei na área de direito, e saquei
com muita dor no coração e tristeza na alma que nesse país justiça é só para
ricos e poderosos, para os pobres a vergonha, a humilhação, a desonra, os
processos por dizer verdade que provocam fichas sujas de gente inocente e
fichas limpas em corruptos e ladrões como em Samparaguai, o estado máfia, de
muitos lucros impunes... riquezas injustas (como falou São Lucas), propriedades
roubos... muito ouro e pouco pão...
-... fui reger aulas e me encontrei no humanamente
possível, plantando mudanças, enchendo o coração dos alunos de sonhos,
vivenciando finalmente um lado sentidor na prática presencial, formado,
aflorado, e o lado da busca pela justiça batendo forte, contra autoridades que
fazem do cargo a vida afetivo-emocional porque mal amadas, e que precisavam
tomar remédios para dormir, porque quem precisa de poder, status, cargo,
diploma hierarquia para se sentir importante, poderosa ou dona da verdade, está
precisando de tratamento e muito amor, já que não há hierarquia na grossura...
e a maior vingança é ser feliz…
-... por essas lidas da justiça sonhos, poemas,
baladas e prosas, vim-me aprendendo, lutando contra a dor dos outros, me
colocando no lugar do outro, a mulher perseguida, o negro discriminado, o
subalterno oprimido, o índio caçado, o morador de rua abandonado, o excluído
social, o velhinho desprezado, a criança não provida... A alma humana é minha
praia...
-... assim, perdoem caros amigos, em qualquer lugar
onde houver uma mulher sendo atacada, perseguida, xingada, eu estarei de
prontidão com minha metralhadora dialética cheia de lágrimas para defendê-la.
Onde houver um perseguido, lá estarei poeta sem lenço e sem documento com minha
bandeira de luta buscando por justiça ainda que tardia, lá onde houver um
caboclo, um favelado, um negro, um pobre, sou eu, sou esse, brasileirinho.
Nunca me esquecerei do lugar que vim e o que sou... Não me mudei de lugar, não
me mudei de mim, não estive nunca ao lado do opressor, do explorador, do que
acha que é o que não é, do que pensa que pensa... do que xinga (sem caráter e sem
educação), ofende sem conhecimento historial, porque ouviu o galo fascista e
conservador cantar e não sabe onde, talvez mero cérebro receptáculo de uma
mídia suja e tendenciosa, e de uma sociedade injusta, discriminatória, falso
cristã, sem moral...
-... por isso perdoem meus posts, os que compartilho,
as falas, o que crio no açodado da dor entre a ferida e a cicatriz, não posso
deixar de ser porta-voz não remunerado dos fracos e oprimido, não melhorei de
vida a não ser sendo um rebelde a estudar muito feito um louco, não logrei
ninguém, não pilhei ninguém, não levei vantagem em nada, e quando alguém brinca
de perguntar se estou rico, respondo que estou digno... as mãos limpas do
sangue desses que sonham um Brasil de todos por todos... pátria-nação, pátria-mãe...
... assim, perdoem se eu sou um sonhador. Minha mulher
diz que exercito bem a minha cidadania ético-plural-comunitária. Meus amigos
dizem que sou um defensor de causas perdidas, meus inimigos dizem que se eu
fosse malandro, mau caráter, corrupto, ladrão, menos bocudo (falso e
dissimulado) e de direita, já seria deputado, estaria podre de rico na vida.
Mas, afinal, o que somos nós?
-... “cada quá
com seu picuá”, diz um adágio popularesco de Itararé, minha terra-mãe. O guri
que foi engraxate, boia-fria, garçom, e que uma professora anjo o tornou poeta
de meia tigela, ainda carrega a sua cruz, a sua luz, a sua briga por utopias,
acreditando na arte como libertação, acreditando no amor ao próximo sempre por
inclusões sociais, em defesa dos fracos e oprimidos, dos negros, dos favelados,
das mulheres-bandeiras desse Brasil de tantos canteiros e florações...
-... quando a morte vier me buscar; ou se eu morrer
amanhã de amanhã, pois bem, digam que eu lutei contra moinhos e ventos, ilusões humanas, que sonhei a esperança como
inteligência da vida, que fui um plantador de sonhos, e que acredito sempre na
força da mulher brasileira – tive ótimos referenciais em família, na escola e
entre amizades zenboêmicas – que acredito na força do negro que canta e vibra e
busca justiça social, que sou um pobre coitado que se aventurou de ser um
sonhador de causas justas e que não se arrependeu, que morreu pelo sonho de uma
verdadeira democracia social, de uma justiça realmente justa, de uma sociedade
menos insensível e hipócrita, de uma verdadeira, no Brasil, no planeta terra,
uma GENTE HUMANA AINDA QUE TARDIA...
- SILAS CORREA LEITE
www.artistasdeitarare.blogspot.com/
Relatos de Um Certo “Gente”
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
MUITO ALÉM DO CORAÇÃO SELVAGEM DA COISA, Novo Romance Virtual de Silas Corrêa Leite
Release
MUITO ALÉM DO CORAÇÃO SELVAGEM DA COISA, Novo Romance Virtual de
Silas Corrêa Leite
Ficção-Cientifica Para Jovens no Wattpad
“A felicidade é o sentido e o objeto
da vida, todo o propósito e a finalidade
da existência humana” (Aristóteles)
-Depois de três diferenciados romances polêmicos, depois de uma
antologia de quase cinquenta anos de prática de haicais (poemetos de milenar
técnica japonesa), e mesmo depois dos romances assim chamados “ecumênicos”,
Silas Correa Leite acaba por experimentar um inédito campo ficcional
infanto-juvenil para agraciar seus alunos-filhos, e, pelo suporte da internet
do Wattpad, lança “de grátis” seu novo ebook virtual, MUITO ALÉM DO CORAÇÃO
SELVAGEM DA COISA, para seu estimado público jovem e os tantos curiosos dessa
nave louca que é a web.
-Silas Corrêa Leite que loucamente já escreveu sobre um guri deficiente
físico de beira de rio, com uma canoa ribeirinha, que na terceira margem do rio
Itararé levava e trazia almas penadas, e das quais ouvia causos do arco-da-velha
(In, Goto, A Lenda do Reino do Barqueiro Noturno do Rio Itararé); depois contou
histórias sobre a criança especial e superdotada que, precoce e serelepe, na
barriga da genitora PHD em física quântica como precoce atiçada que é, e assim
narra como foi “lá dentro” do barrigal anexo (Gute-Gute, Barriga Experimental
de Repertório): depois o estranho Tibete, De quando você não quiser mais ser
gente, em que feito um “arauto do caos” (como disse crítica literária de
professor da USP), em que um sujeito dito vencedor na vida larga
tudo e vai morar no mato, na aldeia-ninhal de Itararé, para, numa rural cultura
de subsistência tentar sobreviver mal e porcamente, mal sabendo lavar um lenço
ou fritar um ovo... Pois, depois disso tudo, criou este livro, para refrescar
das ideias e experimentar essa de ficção-cientifica, para agradar exatamente a
patuleia de aborrecentes/adolescentes da pá virada nesses tenebrosos tempos de
infovias efêmeras e solidões a galope...
-Materializando seu tempo difícil e sua época turbulenta na literatura
contemporânea, Silas conta de um jovem com graves problemas de criação e de
meio social carente, que resolve fugir de casa, dar no pira desse mundo
terrível, fugir de si. E desesperado garra a perigosa hileia verde da chamada
Serra do Mar da grande São Paulo. É quando, dando com os burros nágua, embarca
literalmente numa canoa furada. Um disco-voador avariado? Uma nave espacial
perdida ali? Feito um E.T.
desparafusado, o personagem tenta embarcar nessa viagem para aquilo que assustado
nomina de A Coisa, no coração selvagem das alturas, e embarcando tem que ir
para muito dentro, muito além do ser e do estar de si, na sua rota de fuga como
um point do destino que o quer chipar.
Assim surge o romance de 141 páginas, livro free no suporte Wattpad da
Internet, em que você navega e vê, navega e lê, entra de cabeça/mente e segue também
a sua própria busca. Livro experimental. Você não vai acreditar. Você
suportaria? Muito Além (Dentro) do Coração Selvagem da Coisa tem essa proposta.
É isso. Leia e salve-se. Leia e capitule. Leia a viaje. Leia e se sinta dentro
de seu sonho ou de seu pesadelo/universo cósmico. Que busca é o inusitado, o
risco, a janela aberta no céu de uma dimensão? Capacite-se.
Link para acesso e leitura online do livro:
E-mail do autor
Bom susto.
-0-
Release/Divulgação: CULT-NEWS: la-goeldi@bol.com.br
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
ROMANCE ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS DE SILAS CORREA LEITE
Silas Correa Lança seu Romance Místico ELE ESTÁ NO MEIO DE
NÓS
-ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS, Romance
místico, romance religioso ou romance ecumênico? Depois de Goto, A Lenda do
Reino Encantado do Barqueiro Noturno do Rio Itararé, pela Clube de Autores
Editora, SC, romance pós-moderno (considerado a melhor obra do escritor); depois
do gracioso Gute-Gute, Barriga Experimental de Repertório, Editora
Autografia-RJ, e depois do revoltado Tibete-De quando você não quiser mais ser
gente, Editora Jaguatirica, RJ, três romances de peso e agraciados por boas
críticas literárias de renome, o escritor, ciberpoeta, ensaísta, crítico literário
e então por isso mesmo romancista, Silas Correa Leite, de Itararé-SP, premiado
em diversos concursos literários, lança finalmente o romance ELE ESTÁ NO MEIO
DE NÓS, primeiro de uma trilogia. Este livro começou a ser escrito em 1998,
terminado em 2015, e só agora finalmente lançado pela Sendas Editora do grupo
Kotter Editorial de Curitiba-PR.
Como todos os livros
diferenciados do autor, polêmicos, críticos, ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS não foge à
regra e ao estilo de Silas Correa Leite vai nesse fulcro literário. Desta
feita, entrando num campo por assim dizer místico, ele narra a história de um
cidadão de Itararé, claro – “Canta a tua aldeia e serás eterno”, disse Leon
Tolstoi – (e isso o Silas faz como primeiro expoente da chamada Literatura
Itarareense), e narra sobre um cidadão pobre, renegado pelo pai empresário rico
da cidade de origem, que depois de décadas de muitos trabalhos e estudos em SP,
vence na vida, feito um new rich da chamada alta sociedade paulistana. Menino sensível, camuflou seu lado sentidor,
especial, para ganhar dinheiro. Ficando rico – e ninguém fica muito rico
impunemente entre riquezas impunes e lucros injustos – o personagem (real,
imaginário?), dr Paulo de Tarso Trigueiro um dia ao sair de um luxuoso jantar
em point rico de área nobre da capital, tem uma visão que o alumbra. Curioso a
contemplar lá de cima os periféricos cantões miseráveis da cidade entregue a
corruptos, em tempos tenebrosos de dezelo social, de muito ouro e pouco pão, e
lá de cima num magno momento mágico vê, ou sente que vê, ou pensa que vê. E
nesse contexto espiritual somatizado, todo tocado – entre o terreal e o
numinoso - recupera a sensibilidade sublimada com muito dinheiro de forma não
necessariamente legal. Então é ferido de ver. E abre a alma nesse ver. E então
se redescobre em si. É rico mas isso não faz sentido. É rico, mas não é feliz.
Então, com o que viu, como um milagre, um chamado, um final de busca, resolve
tomar a decisão radical de sua vida. É quando se firma no propósito de largar
tudo, doar tudo o que tem aos fracos e oprimidos, atendendo à uma máxima que
Cristo preconizou nos evangelhos (maktub – está escrito!), e ir morar na rua
com os fracos e oprimidos, para assim tentar encontra Deus e ser salvo. ELE
ESTÁ NO MEIO DE NÓS? Curto e grosso e em rápidas pinceladas, esse é o mote, o
fulcro e o ponto de partida desse romance-documentário, por assim dizer. O
leitor vai ficar atiçado e mergulhar nas 208 páginas até ser revelado não
apenas o final propriamente dito que toda técnica de romance normal engendra,
mas saber finalmente o que o dr engenheiro realmente viu, quem está no meio de
nós, e porque essa decisão radical de ser escolhido, para tanto estando entre
os excluídos sociais, os sem-terra, tem teto, sem amor, a partir do que diz o
Novo Testamento, de que o rico (para passar pelo buraco de agulha e entrar no
céu) deve vender tudo o que tem, dar aos pobres, e depois seguir a Cristo. A
justificação de Deus para os homens, triunfos e fracassos nesse sentido, foram
marcos da filosofia de Platão, Santo Agostinho, Alberto Magno, Tomás de
Aquino... O autor nesse livro segue o
curso de tempos tenebrosos de riquezas[S1]
injustas, lucros impunes, propriedades roubos...
Depois de ler este romance o
leitor nunca mais será o mesmo?
ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS.
Leia e creia. Leia e veja-se.
BOX
Editora SENDAS EDIÇÕES
Ano 2018
Contato: Site da Editora:
Rua das Cerejeiras, 194
Telefone: +55 (41) 3585-5161
E-mail: contato@kotter.com.br
E-mail do autor: poesilas@terra.com.br
Blog do autor
www.artistasdeitarare.blogspot.com/
Página do facebook do autor
Página do facebook do livro:
Páginas do facebook da Editora
01.
02.
[S1]Punes,
riquezasinjustas, propiiedades-roubos.;
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
Poema Exílio, de Silas Correa Leite
Poema
EXILIO
Escrever
É meu autoexílio.
Perdoem
as ilhas de fantasia.
Vejo o
mundo
como um
peixe no liquidificador
Vê a mão
Que
aperta o botão.
Sou
insolúvel.
Escrevendo
tiro a aura
Para
dançar.
Escrevivo
para
existir-me (um pouco melhor)
Numa realidade
substituta.
Não me
sinto bem,
entre
humanos.
Sou um
caco de vidro de espelho
no
cérebro de minha solidão-coivara.
Às vezes
me simplifico
para
tentar conviver com os outros.
Tenho
medo do humano pouco humano; os outros.
Não
procuro rimas. Mas endorfina.
Não
escrevo estrofes. Mas placebos.
Que
insulina é a POESIA na minha triste amargura?
Existir
é tão pouco, não faz sentido...
Preciso
tomar comprimidos para acordar?
Leio as
vísceras da civilização.
Para
isso fomos feitos?
Caço o
que fazer. A rotina mente e empareda.
Escrevo
feito um surto-circuito. Perdoem os endereços.
Somos todas
cobaias do inferno.
Morrer é
a única saída.
No
exilio de minhas escritas, dissipo escuridões e abismos, e me imanto; me
neutralizo...
Às vezes
escrever é uma prancha terminal de navio pirata.
Outras
vezes ilha, sextante e bússola,
onde me
encontro com o que resta,
De minha
sanidade possível.
-0-
Silas
Corrêa Leite
E-mail: poesilas@terra.com.br
terça-feira, 31 de julho de 2018
ESTATUTO DO MEDO DE SILAS CORRÊA LEITE
Comportamento &
Ética Humanista
ESTATUTO DO MEDO
“Medo de ver a polícia
estacionar à minha porta //Medo de dormir à noite // Medo de não dormi. // Medo
de que o passado desperte // Medo de que o presente alce voo// Medo do telefone
que toca no silêncio da noite // Medo de tempestades elétricas // Medo da
faxineira que tem uma pinta no queixo // Medo de cães que supostamente não
mordem //Medo da ansiedade! // Medo de ter que identificar o corpo de um amigo
morto // Medo de ficar sem dinheiro //Medo de ter demais, mesmo que ninguém vá
acreditar nisso // Medo de perfis psicológicos //Medo de me atrasar e medo de
ser o primeiro a chegar // Medo de ver a letra dos meus filhos em envelopes //
Medo de que eles morram antes de mim, e que eu me sinta culpado // Medo de ter
que morar com a minha mãe em sua velhice, e na minha // Medo da confusão //
Medo de que este dia termine com uma nota infeliz// Medo de acordar e ver que
você partiu // Medo de não amar e medo de não amar o bastante // Medo de que o
que amo se prove letal para aqueles que amo // Medo de viver demais // Medo da
morte. // (Medo) Raymond Carver)
.....................................................................................
Se você tem MEDO, então,
na hora exata e líquida, ele, o medo, pode ser a sua única energia vital para o
sentido também exato de agir em seguida, de tomar sentido, de tomar partido, de
enxergar no escuro, e não correndo risco, escapar com vida...
Se você não tem medo,
então vc já está dominado, pois as aparências enganam, e se sentir seguro em
terra batida e campo minado nesses tempos tenebrosos, é estar desprotegido,
abrir a guarda, confiar no impossível...
O medo serve de sentido
e alerta, para o sujeito estar ativo, manter-se plugado, ciente da realidade do
risco emergente, se você, ocasionalmente e por força de perigo inusitado tiver
do que se esconder para não ser atingido, desviar para não ser predado, cair
fora do problema, ou, capitular...
Assim como não ter medo,
e então você pode estar se sentenciando a ser descoberto errado, no erro
flagrante, e sofrer sanção, porque nada é fácil e ninguém é santo, assim como
todos deixam suas pegadas, todos têm suas impressões digitais; e o medo regula
o erro, regula o acerto, controla o impulso do achismo e do roubismo, pois liga
as antenas, acende as lanternas, serve assim como endorfina ou vaselina, como
penicilina ou como adrenalina, como ponto de fuga ou como labirinto, como
caverna ou como proteção...
Os grandes momentos cruciais
dos grandes seres humanos em toda a história da humanidade em evolução, vem da circunstancial
logística decisão sábia de, num momento instintal de medo para a sobrevivência,
a sobrevida, o pão, a vitória, a conquista, o diploma pelo esforço pelo mérito,
o anel, o final feliz pelo conhecimento em dedicação total e singular...
As pessoas que não têm
medo, ou porque tudo foi fácil para elas, ou começaram a trabalhar tarde, ou estudaram
além do mínimo, e tb assim de alguma forma obtiveram vantagens ilícitas em
malfeitos bem dissimulados, ou ajudas ocasionais e sacrificiais a terceiros,
usados ou seduzidos por interesse de ocasião, e assim, na moleza, cientes da
impunidade, descarregam a pilha do medo que não conhecem (não se enfrentaram) ,
confiam-se impunes para sempre e seguros assim, então têm que mentir para encobrir
rastros, apagar resíduos de reincidências, fugir para dar calote, se esconder
de despejo, de cobrança judicial por impunidade de estilo, mudar de desculpa, mas,
como não têm medo, seguem roubando, errando, sendo espertos em vez de experts, a
tal ocasião faz o ladrão, embora a repetição do erro disforme faz o confiante muito
seguro de si, até o abate final...
O medo revela, a falta
de medo esconde, o medo aciona os canais sensitivos primitivos, a falta de medo
apazigua a contenção, disfarça e camufla, adere etiquetas de falso-felizes,
falso-mocinhos, falso-bonzinhos, e a pessoa se sentido confiante na falsa e
movediça zona de conforto, acaba se entregando, dando na cara, dando na vista,
não sacando o óbvio ululante, mesmo que vangloriando, mas sentados no rabo...
Ah a utilidade subjetiva do Medo...
Tudo o que deu certo na
moleza não cria medo. A pessoa certa, ou escolhida pela boa ou má sorte, tem
medo de perder por um mero erro de acaso ou de bala perdida do ocaso; ou de
análise errada de risco... quem nos protegerá quando não tivermos medo?
Nada deu certo; o medo
de não sobreviver funda heróis, mártires ou vitoriosos, pois o medo pode ser
tanto o impulso como o dínamo da sobrecarga, de suporte e de encaminhamento superior,
porque vencer com medo é o que traz soldados de volta pra casa depois da
guerra... Ele, no front, em risco, trauma, neura, fome, insalubridade, momento,
lugar inseguro e selvagem, luta mais e feito um louco para sobreviver àquele
inferno, pensa rápido, com atitudes de defesa e de ataque (e de sobrevivência) sensatas, até o medo de uma loucura, o que num
ímpeto calculado (o medo! o medo!) o conduz ao pódio... Medalhas de honra e de bravura
não acontecem por acaso, o medo, tácito ou não, as facultou... O perigo cria
monstros. Ou guerreiros.
Um dia a triste coincidência
do destino algoz, a inesperada encruzilhada
em situação errada dentro até do imponderável, e você, por falta de treino no
medo, capitula, avacalha, conta palha, firme na bravata de insensível-bobinho não
mede bem os prós e contras, confia no taco e, toma o incidente fatal na fuça, o
crime, o fiasco, o risco do medo não praticado, e a morte, os sacrifícios; o
pagamento do destino é muito pior do que da justiça que tarda e valha, e, diga-se
de passagem, abençoados sejam aqueles que pagam aqui, nesse plano espiritual...
Muitos dos sem medo, em
riquezas injustas, lucros impunes, propriedades roubos, enriquecimento ilícito,
escapam da justiça corrupta e moral da terra, e, tomando pé de que é impune, infalível;
deu tudo certo na ficha corrida (a tal capivara implícita), e o sujeito cômodo
e babaquara acaba se esquecendo dos flancos de desenlaces, tramas e lamas, e
acaba aquela casa, aquele carro, aquele erro, aquela glosa, aquele peculato, e
o medo sem ser treinado vira treino de tiro e alvo para parvo, para falso
malandro, e quando se vê, o santo não era santo, o rico não era rico, o honesto
era corrupto até as tripas, a classe média forjada era de embuste e pose, e
tudo se define, sucumbe o asnoia: teve medo de cair na arapuca, mas não treinou
no medo para evitá-la, se preservando na honestidade transparente. Pisou em
falso, errou no bote...
Medo, sábio
conselheiro. E se a família descobrir, e se o imposto de renda sacar? E se a polícia
levantar a ficha marota nos bastidores do poder, do cargo, das dissimulações,
bobas pancas e mãos sujas?
Depois não adianta o
medo do câncer, da biópsia positiva, da amante vingativa, da justiça comendo
pelas beiradas, pelo rabo, da família desconfiando e sacando que o tipo que
chamava todo político de ladrão, era um eleitor também corrupto e ladrão, o
sujo falando do rasgado, sem moral. Ladrão de si mesmo?
Depois não adianta ter
medo de Deus, medo da mulher ou do parente jeca usada como laranja, e descobrirem,
e a peça-chave finalmente descoberta sendo apenada e contar tudo; o próprio
irado colega de trabalho que finge que não vê mas tem a ficha de meio e embuste
prontinha, para quando você quiser sair do esquema, entregar todo mundo, pagar
por todos os outros também. E nenhum esquema podre perdoa infiéis de
malandragem...
Dostoievski, um dos
maiores escritores do mundo de todos os tempos, era epilético, numa época em
que a doença ainda era pouco conhecida, e obviamente tinha um terrível medo da
doença, acabando por depois de sofrer e sacar, usando-a em seu favor, pois o escritor,
por meio de alguns personagens, assim e por isso mesmo oferecia uma descrição
muito precisa dos sintomas mais estranhos que ela suscitava, em especial as
crises místicas. Por outro lado, os conhecimentos modernos sobre o tipo de
distúrbio de que ele aparentemente sofria, a epilepsia do lobo temporal, lançaram
nova luz sobre a personalidade do autor e o conteúdo de sua obra, o medo da
doença, por ela, com ela como sequela, (e instrumento de trabalho?) criou o
grande escritor, o fora de série.
León Tolstoi, um filósofo
de ir fundo na psicologia dos monstros que escrevia, que carregava – Somos
Todos Hamlets (o medo-monstro de Shakespeare) - numa confissão o escritor russo
contava do medo da vida como ela era (de como ele sofrera), e de como nesse
fulcro os camponeses primitivos o ajudaram a recuperar a fé e encontrar o
sentido da vida além do medo...
Aliás, William
Shakespeare dizia: “Não tenham medo da grandeza. Alguns nascem grandes, alguns
conseguem a grandeza, e outros têm a grandeza imposta a eles”. É assim que funciona? Deus não treina na dor inocentes inúteis e tolos?”
– “O medo é o combustível da humanidade, o medo de
perder, o medo de não ser, o medo de não chegar a lugar algum. Isso é o que nos
move”, disse Ronaldo David Segundo. Não ter medo de entrar no esquema? Periga
ver.
O esquema pune. O medo
pune, a falta de medo pune também. Escolha as cartas do jogo do medo, do
estatuto dele. Escolha as armas, os rótulos, as conquistas. Bem-vindo à bolha
do medo, ao arame do medo, à alfafa do medo, ao sistema rotativo e psicótico do
medo, o medo-embuste, o medo-rabo, o medo-panca, o medo-coisa, o medo com suas
prerrogativas todas, assim como o medo de voltar a passar fome, o medo de ser
ridicularizado por parentes envergonhados, por amigos informados, conterrâneos
suspeitando, no pacote o medo de ser execrado, o medo de perder os bens
conquistados de forma inidônea, a aposentadoria cancelada por improbidade, no
combo a impunidade, e o próprio sistema que o nutriu, fazendo vc refém dele; o
fomento de como enricou sem ter como, não justificável, o que então será o
mesmo medo-monstro a cassar você, a apagar você do sistema, do esquema, pois
tudo tem um preço a pagar e o medo do seu inimigo maior e mais forte de seu
meio talvez tenha maior autarquia, seja mais pontual, tenha mais infiltrações
hierárquicas de percurso, e você é só
mais um sem medo boiando na maionese porque se acreditou capaz e competente no
erro, quando a corda arrebenta para o lado mais fraco, os moscas mortas sem
medo, os peixes pequenos, e você querendo parecer tubarão entre carteis,
propinas, subornos, esqueminhas...
Tenha medo e se
liberte. Tenha medo e saque aquela dos evangelhos: “Disse Jesus: —Vai, vende
tudo o que tens, dá tudo aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e
segue-me. ” Marcos: 10.17
A ouvidoria do destino
na encruzilhada é mais embaixo. A corregedoria da impunidade na consciência sem
remorso paga pela pele e pela fala, pelos atos, pelos disfarces, e, num segundo
de investigação de alto a baixo, de cabo a rabo, de começo, meio e fim, com
fins escusos, e uma análise jurídico-processual-legal desmonta tudo, a casa
cai, daí é só medo de morrer e não deixar nada para os que achavam que você
erra correto, certinho, bonitão com panca, honesto, sincero, inteligente, culto,
trabalhador.
Bem-vindo ao Cartel do
Medo. O Estatuto cumpre-se. Qual é a sua? Vai encarar ou vai ter medo? Medo-Rabo?
O livro dos medos//Ainda não foi escrito//Mas como dói. //
Quem acredita na eterna
impunidade não tem medo. Mas tem o cinismo de elmo. Sincericidio não é para os
fracos, é onde os canalhas não frequentam com medo do oficio. Sabe de nada,
inocente. O passaporte da renúncia. A decodificação do medo-coisa
A consciência do medo
nos faculta um eterno estado de alerta. Pois pode sempre haver retorno não
previsto dentro do explicável... Medo não é sinal de fraqueza, mas de intenso
apuro tentando impedir riscos, e assim, no treino se adquire a técnica de estar
sempre ligado, sempre atento e forte, afinando intuições, formando refinamentos
de caráter e testamento psicológico, tipo, no popularesco, é melhor um frouxo com
medo instintal vivo do que um valente ciente de impunidade pego, punido ou morto, pois o medo qualifica e
permite segurança na hora em que você for testado na moral, e se sentir seguro
de si, não dissimulando, porque o errado conhece o cheiro do caçador, do que
pode ser uma vítima perigosa mesmo depois de morto... Um animal ferido e com
medo, é muito mais perigoso. Medo, segundo livros sagrados, é um sentimento
natural, tipicamente humano, compõe a persona. Você tem medo de que?
A oposição e o
confronto só brecam o vacilão. Assim como a ocasião faz o ladrão, o medo treinado
nas barricadas da lida, nas trincheiras da legalidade, no aparato comum dos fortes
com resiliência e consciência limpa, faz aquele que passou por dissabores
pensar rápido, ter noção exata da dimensão do perigo, quando então e por isso
mesmo, por assim dizer, sai-se bem, toma decisões com lucidez de quem foi
treinado nos desafios. Simples assim...
Quando a sua única arma
de se fazer defeso for seus gestos, suas palavras, seu currículo de trabalhos e
seus estudos e sua ficha limpa, mais suas mãos limpas, com suas conquistas
sóbrias e justificadas, sua inteligência provocada e limada em decisões sábias,
então você vai estar bem na vida, e na fita...
Tenha-se medo. Somos um
perigo quando sem medo estamos à deriva, no piloto automático, ao bel prazer da
suposta impunidade mal calculada (na ausência do medo) dando no ego, nos
calcanhares, no nosso rastro...
“O comportamento humano
se transforma na convivência tomando para si novas nuances antes inauditas. Ao
se confrontar com as dúvidas ou questionamentos rotineiros na sociedade, ou
seja, na vida em comum, a perspectiva é forjada em prol daquilo que se
pretende, ou, da resposta que mais lhe é aprazível, como estudado por Lev
Vygotsky, psicólogo, pensador e educador”. O ser humano lida muito mal com as ideias
contrárias à sua certeza subjetiva, causando assim a distância dos que lhe são
“desfavoráveis”, disse Iverson Kech Ferreira.
O medo vem prever,
impedir, prover de susto-conhecimento (evitando o erro), ou predar?
Quando desenvolvemos,
na busca-identidade de um sentido para o medo que nasce conosco (choramos ao
nascer de medo?) e nos acompanha na vida pregressa sequencial, o eixo
primordial dele foi aprendido, desenvolvido, organizado de alguma forma no
interior contextual, neurológico e psicossomático de nós, e deve ser esse
sentido dele, o medo-chave-mestra, para o nosso desenvolvimento espiritual,
sensorial, intelectual, profissional e sobrevivencial. Muitos erros, crimes,
prevaricações, maus feitos, poderiam ser evitados, se houvesse a consciência do
medo, dentro do círculo paulatinamente vidamorfoseado do caráter, bancando o
medo de vir a ser descoberto, risco de ser sancionado, sequelado, punido. Essa
espécie de “medo bom” evita o crime sob uma salutar ótica mínima da ética. O
medo é um grande motivador, crucial as vezes. Importante sempre, como estratagema
intima da própria defesa do caráter se sobrepujando. O medo por impulso. Temos
o direito (e o dever?) de ter medo. Não culpe o medo. Veja-o como um relé que
se afina, se compartilha, se assunta, se projeta como filamento de sua ocasional
lucidez extrema entre a ocasião do erro e o não-erro, a partir de pensar sobre
evidências, consequências. O medo as vezes é nossa única força sistêmica num momento
de errar e acertar... Ah o medo de envergonhar os amigos, o medo de envergonhar
os familiares incautos, ou mesmo sacrificar a igreja, a fé, o emprego, a
corporação toda manchada, então, nesse contexto de soma e prós e contras, você
torna-se correto, limpo, digno, vencendo pelo lado bom da força assim.
Não adianta vc ter medo
quando estiver no corredor da morte.
Muito melhor um medo-precaução-intuitivo para vc fazer de tudo na sua
vida pregressa para nunca estar nessa condição-situação-sanção... Bendito seja
o fermento do medo customizado a favor da verdade e da transparência
existencial. Quais os benefícios humanos das conquistas não honrosas, com as
moedas podres do mal feito, da corrupção, peculato, enriquecimento ilícito?
Diga... Melhore...
Socorra-se... Centrifugue... Certifique-se... Procure... Siga... Entenda...
Faça-se o Medo Preventivo; um medo experimental de aprimoramento do ego, do
caráter, da existencial dignidade ético-humanista e presencial de si... Medo ou
barbárie?
As engrenagens girando.
E você dentro do sistema, sem nenhum medo-remorso-consciência...
“Se gritar pega
ladrão”...
Ah as prisões que
guardamos dentro de nós mesmos.
-0-
SILAS CORRÊA LEITE –
Itararé-São Paulo/Brasil, Membro da UBE-União Brasileira de Escritores
-0-
Silas Corrêa Leite – Breve bibliografia
Educador, ciberpoeta, Jornalista Comunitário, blogueiro premiado, livre
pensador humanista e Conselheiro diplomado em Direitos Humanos. Consta em quase
800 sites como Estadão, Noblat, Correio do Brasil, Usina de Letras, Daniel
Pizza, Wikipédia, Observatório de Imprensa, Releituras, Cronópios, Aprendiz,
Pedagogo Brasil, Jornal de Poesia, Convívio e LibeArti, Itália, Storm Magazine
e InComunidade (Portugal), Brasil com Z (Espanha), Politica Y Actualidad
(Argentina), Poetas del Mundo (Chile), Fênix (Moçambique), Literatas (Angola),
Pravda (Rússia) outros. Publicado em mais de 100 antologias, até no exterior,
como Antologia Multilingue de Letteratura Contemporânea, Trento, Itália;
Cristhmas Anthology, Ohio, EUA e na Revista Poesia Sempre/Fundação Biblioteca
Nacional, Rio de Janeiro (Ano 2000/Gestão Ivan Junqueira). Autor entre outros de TIBETE, De quando você
não quiser ser gente, romance, Editora Jaguatirica, RJ; GOTO, A lenda do Reino
do Barqueiro Noturno do rio Itararé, Romance, Editora Clube de Autores, SC, e
Gute Gute, Barriga Experimental de Repertório, Romance, Editora Autografia, RJ
segunda-feira, 30 de julho de 2018
FRAN ROSAS, NOVO TALENTO DA NOVA MUSICA POPULAR BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA COM RAIZES EM ITARARÉ-SP
MPB Contemporânea
Cantora Fran Rosas, a nova joia no florir do lume da New MPB em ebulição
-“Minha terra tem Pinheiros//Adonde canta a Fran Rosas...” Melhor
dizendo: em Curitiba – Curitiba, que quer dizer terra dos pinheirais - tem a
Artista talentosa Fran Rosas com raízes entre Itararé-SP (Celeiro de artistas) e
Ponta Grossa-Pr (pertinho de Itararé) dando ao lume artístico-musical suas
“cantárias”, louvações... shows e espetáculos...
-Pois, afinal, Itararé, cidade de revoluções, ex-capital do trigo, depois
capital do feijão, mas, ainda e sempre capital artístico-cultural da região sul
de São Paulo, terra entre outros craques de arte musical, de Maestro Gaya (descobriu,
burilou, orquestrou, Chico Buarque de Hollanda, entre outros, como Taiguara, Nelson
Gonçalves, etc. e ganhou prêmios em áureos tempos de festivais de MPB da Record),
Paschoal Melilo, (seu Baião Cuco estourou nos anos 20 quando ele pintava e
bordava na Lapa do RJ em época de Noel Rosa e Aracy de Almeida), terra-mãe também
de Regina Tatit, Rogéria Holtz, Carlos Casagrande, Elvira pagã (que Rita Lee
cantou), e assim dessa raiz, tronco e chão, redondezas e trilhas pertinentes, brotou
uma “Rosas” que canta porque é Fran e ao ouvi-la, acabamos todos fãs também...
-Tive a honra (e orgulho, claro), eu, um fanático por Itararé (canta a
tua aldeia e serás eterno, disse León Tolstoi), de sabê-la por lá, com amigos,
familiares, de Itararé, de ouvi-la, ver nas canjas virtuais do You tub sua
performance, e encantei-me de curti-la, eu, com três notas musicais no nome,
filho de um Maestro de bandas e Regente, de corais, compositor, fundador de
corais e bandas no estado de SP e PR, que hoje é nome de Rua em Itararé, Rua
Maestro Antenor Corrêa Leite.
-Pois nesse feitio todo de diapasão de acontecências, da Fran Rosas que
soube e quis ouvir mais, recebi o belíssimo cedê LUME, interessante trabalho
desde a estética da capa do projeto, à beleza singular da cantora/intérprete,
passando, é claro, pela qualidade musical dos interessantes arranjos finíssimos
de primeira linha, espetaculares, ainda as canções que ela com portentoso
espetáculo verte para nós em seu lume de voz maviosa e singeleza na
interpretação. Bravo!
-Espetacularmente assim e por isso mesmo muito bem produzida pelo
namorido Rafael Rosas, de Itararé-SP, Fran Roas esbanja simpatia, cativa, e
você bebe/ouve sua qualidade vocal, com belas composições, letras e músicas,
inclusive do Celso Viáfora, Maninho, Estrela Ruiz Leminski e Djavan que botou
sua Asa e seu Azul na voz exuberante da Fran Rosas que nas canções assomou-se.
-Diz o site Tratore, a distribuidora de artistas Independentes:
“Expoente da música curitibana,
Fran Rosas é cantora e interprete de grande expressividade e personalidade.
Dona de uma voz suave e versátil, assume diversas influências musicais,
transitando com facilidade entre os mais variados estilos. Em 2017, lança o seu primeiro álbum - Lume,
com produção de Rafael Rosas. O trabalho traduz com fidelidade a gama de
influências que recebe ao longo da carreira, consolidando sua originalidade
como marca pessoal.”
Vejam-na, quero dizer, ouçam-na, e babem:
No site GENTE.IG.CULTUR, a consagração da carreira:
“Revelação da MPB, Fran Rosas se prepara para a sua primeira turnê na
Europa”
Crítica: - Crítica Sobre o Álbum Lume
“Já em Estrela de Brilhar, primeira faixa de seu álbum de estreia, a
cantora curitibana Fran Rosas mostra ter muitos horizontes. O álbum revela uma
cantora afinadíssima e à vontade em diferentes estilos(...). Foi bailarina
clássica e prefere a delicadeza das canções…”– Juarez Fonseca – Jornal Gaúcha
ZH
Eu que nasci no bairro operário de Harmonia, em Monte Alegre, Pr, hoje
Telêmaco Borba, e fui criado desde os seis meses de idade na histórica cidade
de Itararé-SP, terra de meu pai, um dos cem primeiros itarareenses a nascer na
cidade, e que quando jovem foi acendedor de lampiões de gás em Itararé nos
indos de antigamente, vejo as andanças musicais da Fran em sintonias e trajetos
pertinentes, por assim dizer, e para nosso orgulho, claro...
Fran Rosas tem essas raízes fincadas em Itararé, seu marido produtor musical, maestro, arranjador
e instrumentista, e familiares dele todos residentes em Itararé, mesmo ela
tendo nascida de papel passado em Ponta Grossa, Pr, pertinho de Itararé, tendo por
fim a bela Curitiba, a capital do Paraná, como seu palco iluminado.
Por essas e outras, como nova estrela na nossa também nova MPB, desejamos
à FRAN ROSAS sempre muito sucesso, porque brilho, talento e lume ela tem, e,
como diria Caetano Veloso, gente é para brilhar.
Brilhe Fran, solte a sua graciosa voz nas estradas de tijolos amarelos
da vida.
Bravo!
-0-
Silas Correa Leite - E-mail: poesilas@terra.com.br
Poeta, Escritor, Professor e Jornalista Comunitário.
Autor entre outros de TIBETE, De quando vc não quiser mais ser gente, Romance,
Editora Jaguatirica, RHJ, 2017.
sábado, 24 de março de 2018
JULGUEMOS O JUIZO, POEMA SOCIAL DE SILAS CORREA LEITE
Julguemos
o Juizo
"Eu já havia reparado, em pessoas,
que a afetação de sentimentos louváveis
não é a única desculpa, mas que são malvados,
sendo que um pretexto mais novo é a exibição
destes,
de forma que ao menos não pareça
ocultá-los." Proust,
Marcel Proust. Le Temps retrouvé.
...........................................................
-Julguemos
o Juiz, Julguemos! Juízo ao juízo.
Se a suposta autoridade constituída de forma
leviana e imprudente, julgar inocentes, condenando-os
Denunciemos o juiz sem ética e sem o devido e
transparente critério e juízo de valor
(Juiz marajá, que, condenado se aposenta
compulsoriamente com alto soldo
Que espécie de ladrão da própria toga o é?)
Julguemos os juízes. E os acusemos:
-Eu vos acuso de:
( )-Julgar por querer aparecer no palco aloprado da
historial mídia insana
(
)-Julgar por julgar, nãopor caráter imperioso ou dever de oficio e
conhecimento de oficio
(
)-Julgar todo prepotente pensando que é o que não é, pensando que pensa
(
)-Julgar como um carrasco de ego inflado, querendo aparecer mais do que
a justiça propriamente dita
(
)-Todas as alternativas estão corretas.
Julguemos o Juiz. Que a sua cadeia seja a sua
consciência, o seu remorso ("Toda história é remorso" diria o Poeta
Drummond)
Pois a própria pele é a cela epidérmica do
juiz injusto
Não, não se enforca mais ladrões de cavalos,
nem se corta mais cabeças de nobres , poderosos e infiéis de propósitos
Assim como, na democracia republicana, nem
sentenças alopradas de vaidosos deixam de gritar em detrimento de uma elite de
tribunais de 'eles por eles'
Então, camaradas e irmãos sonhadores,
julguemos, condenemos o juiz-fuinha, o juiz-blefe, o juiz-cloaca
O juiz-babaquara, o juiz tendencioso e
parcial, o juiz inumano e amoral
Condenemos o juiz lerdo - da justiça que tarda
e falha (com seus suspeitos labirintos burocráticos a peso de ouro)
Condenemos o juiz-hiena, o juiz-circo, o
juiz-fuinha
O juiz bufão que bate na esposa e fica tudo
por isso mesmo - Que justiça é essa?
O juiz que liberta empresários bandidos do
crime organizado - Que justiça é essa?
O juiz que vai à formatura de chefes de
quadrilhas devidamente aparentado de juiz (com presunção de impunidade e de
imunidade entre os podres poderes)
O juiz que liberta latifundiários assassinos
de freiras - Que justiça é essa?
O juiz que liberta banqueiro ladrão a preço de
banana - Que justiça é essa?
E que, quando cansado de lustrar o ego para
aparecer em hora imprópria que na verdade deveria ser de foro intimo
Estressado por luzes de falsas ribaltas
demodés, vai à Europa se curar da mesmice...
(Todo poder emana da verdade e em seu nome
deve ser exercido)
Fora juiz-burguês, juiz níquel-náusea, juiz
luxo-fusco, juiz palco, juiz banker, juiz spot-light, juiz fantoche
Juiz que corta cebola e é a cebola quem chora
Juiz que ignora a verdade que o enobreceria ou
daria claridade ao direito e à justiça, sem tacão ou chicote
(No Supremo Tribunal do Inferno
Poucos são chamados e poucos escolhidos)
-Não
julgueis para não serdes julgados, está escrito -
Condenemos
o juiz que não olha com prisma de juiz, mas açodado com foco de pelotão de
fuzilamento
(Ah a letra fria da Lei; a letra morta da lei
- a Lei? Ora, a Lei...)
-Para os
inimigos, a Lei, para os amigos, a prescrição, o suspeito entendimento
rigor-formol, a formação de quadrilha para defesa dos mesmos...
Critiquemos o juiz que, todo pimpão cerceia o
direito da defesa com cara de tacho de Casagrande
Critiquemos o juiz banana que quer aparecer
mais do que a justiça (que nem sempre há para ricos e poderosos)
-Ah as riquezas impunes
-Ah os lucros injustos
-Ah as propriedades roubos
(Ah as privatizações-roubos impunes de
Samparaguai, Tucanistão, o Estado Máfia)
Ah o cínico estado mínimo do neoliberalismo
câncer da história
Ah o juiz que se enrola no tapete das
etiquetas e varre a verdade para debaixo do palácio (entre estátuas e cofres)
das aparências
Que justiça é essa?
Que juiz é esse? - Mais: que direito é esse?
Eu vos acuso, justiça injusta, senil,
decrépita, tendenciosa e parcial
Eu voz condeno juiz turrão de colarinho branco
engomado
Eu vos acuso juiz de pequena causa aloprado em
defesa de si mesmo, de sua pose tacanha e medonha
E vos condeno. Juízo ao juízo.
As algemas são do tempo - o tempo é o melhor
juiz
A sentença final cedo ou tarde virá
E aqueles que atirarão torrões de terra em
vossa tumba de mumificado para agradar a incautos, mal formados e mal
informados
Serão as mesmas mãos sujas de vosso meio, de
vossa elite, de vosso estilo, de vosso clã; e então gritaremos em alto e bom
tom, soltando o verbo, levantando bandeiras, soltando foguetes:
-A morte
faz justiça para todos. A morte virá cobrar com choro e ranger de dentes...
Ai de ti Justiça amoral e inumana...
E das celas soarão os gritos. E dos campos
santos revirarão cadáveres de miseráveis entregues à própria sorte, ao
deus-dará
E sobre a vossa sepultura os vermes não
ocorrerão, pois não saberão quem é quem
E apodrecerá o pó de vossa tumba toda pomposa
de cara cruz inútil
Semeada de engano, de mentira, de enganação,
de presunção e de tanta prepotência
Quando ainda agora posas de falso moralista,
de falso dono da verdade
Com sentenças tendenciosas e parciais;
preservando o outro lado - os amigos do alheio e seus antros de escorpiões com
bezerros de ouro do lucro fácil, das máfias de jecas
E fazes pose para a mídia amoral de uma elite
amoral
Nós vos acusamos; nosotros vos condenamos
Até que essa mesma morte que ao final a todos
julga, repare o vosso erro, o vosso martelo ignóbil e vil
E sejas apenas uma página virada no tribunal
da ética
E envergonhando toda uma categoria, todo um
clã; representado uma infame sociedade hipócrita (no pântano da condição
humana)
Serás finalmente então um pote de vísceras
dela; um refil de vaidades doentias...
Mas, nós, nós os simples, os comuns, os
paisanos, ainda em júbilo cantaremos vitória sobre os vossos ossos,
em nome dos oprimidos,
dos injustiçados,
dos inocentes,
dos condenados em vão
Porque bovinamente vos tornaste lacaio da
injustiça e do logro social que alimenta o ferrão tacanho da elite sórdida
Fundada numa ditadura, num regime de exceção,
num capitalhordismo de agiotas
E do qual fostes um bastardo refém, foste
freguês, foste mero rufião. Foste um marionete!
-0-
Silas Correa
Leite
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